domingo, 6 de julho de 2008

Maysa Matarazzo



Estou numa fase assim meio dramatica, e resolvir escolher a Maysa pra musa de Julho! Ela eh fantastica, e teve uma vida surpreedente. A Globo estah produzindo uma minisserie sobre ela que vai ser dirigida por seu filho o Jaime Monjardim. Duas biografias da Maysa foram lancadas no ano passado:

"Meu Mundo Caiu" , além de mostrar o que o autor chama de "um retrato onírico" da cantora, revela o contexto histórico de cinco décadas. Maysa é inserida no cenário político e cultural, o que permite ao leitor entrar numa espécie de túnel do tempo. O livro nos conta como uma filha de aristocratas do Espírito Santo, que passou oito anos num internato da elite paulistana, tornou-se -- em pouco mais de um ano -- na mais famosa intérprete e compositora do país. Vale acompanhar como Maysa conseguiu renovar o samba-canção com letras audaciosas para uma mulher dos anos 50, depois lançar a Bossa Nova com enorme sucesso popular e ainda encantar intelectuais, boêmios e poetas, a exemplo de Manoel Bandeira, que escreveu um poema em homenagem aos seus olhos.Eduardo Logullo também fala, de modo instigante e distante de julgamentos moralistas, sobre os amores de Maysa, o casamento com o empresário André Matarazzo, o nascimento do filho Jayme Monjardim, a separação, o romance com Ronaldo Bôscoli e a luta da cantora contra a angústia, o álcool e a solidão.

"Maysa - Só Numa Multidão de Amores": “Deusa das canções de dor-de-cotovelo”, “rainha da música de fossa”, “Edith Piaf dos trópicos”, a cantora e compositora Maysa foi uma personalidade muito mais complexa do que sugere sua imagem pública. Intérprete de clássicos da música brasileira como “Ouça” e “Meu mundo caiu”, a artista nascida no Rio de Janeiro em 1936 é tema dessa biografia escrita pelo jornalista Lira Neto a partir de pesquisas em arquivos familiares, de entrevistas com cerca de 200 pessoas (parentes, amigos, ex-namorados, ex-maridos, músicos, produtores) e, sobretudo, com base no acesso irrestrito ao diário íntimo de Maça. O resultado é um retrato cheio de nuances de uma cantora que não apenas se tornou um ícone da vida boêmia, mas foi ela mesma uma cronista da vida noturna, escrevendo as letras de muitas de suas canções – num trânsito incessante entre as figuras da musa e da poeta. "Maysa – Só Numa Multidão de Amores" percorre minuciosamente todas as etapas (e traumas) de uma trajetória marcada por amores, viagens, conflitos com a mídia, tentativas de suicídio, crises de alcoolismo e internações em clínicas para desintoxicação. Do convívio com o pai notívago e hedonista ao casamento com o magnata André Matarazzo (que impunha à esposa o recato das tradições familiares), da identificação visceral com a música romântica à assimilação das novidades estéticas trazidas pela Bossa Nova, Lira Neto compõe uma narrativa em que a fidelidade aos fatos e o exaustivo trabalho de prospecção permitem detalhar também o contexto sociocultural em que Maysa se tornou uma personagem tão célebre quanto a atriz Cacilda Becker, a pianista Guiomar Novaes, a tenista Maria Esther Bueno ou a escritora Rachel de Queiroz – todas elas protagonistas de uma sociedade em que a mulher tinha papel coadjuvante.O livro traz algumas importantes revelações, como a de que a primeira gravação de “O barquinho” – canção de Ronaldo Bôscoli e Roberto Menescal que se tornou emblema da Bossa Nova – foi obra de Maysa, e não de Pery Ribeiro (conforme a versão corrente). Além disso, mostra como aspectos sombrios de sua personalidade eram vividos com intensidade e autoconsciência – como na passagem do diário em que a autora faz a seguinte anotação: “Há gritos incríveis dentro de mim, que me povoam da mais imensa solidão”.

Ainda nao li nenhum dos dois, mas estao na minha lista de livros-que-tenho-que-ler, uma lista que alias nao acaba nunca..

Bisous

2 comentários:

Fábio Vanzo disse...

:) vim encher o saco

Anônimo disse...

Oi bonita. Gostei do seu blog, já tá nos favoritos.